Fotos históricas do Palmeiras ganham cores; Confira

Fotos de algumas lendas do clube podem ser contempladas de uma forma mais natural graças a um torcedor

A natureza do fotojornalismo é capturar as cenas mais bonitas, impressionantes, inesperadas ou desconcertantes de um momento ou de um evento. Uma habilidade necessária para guardar fotos históricas.

No esporte, as lentes mais atentas procuram pelo craque do time, pela comemoração, pelos gestos, pelo movimento mais sutil.

Com toda sua carga dramática, o P&B (Preto e branco) foi a primeira forma de captar imagens. O tom monocromático clássico nunca foi deixado de lado por trazer bastante expressão e destaque.

Acima de tudo, o P&B marcou época. Apesar de a fotografia colorida ter entrado em cena em 1861, sua dispersão não foi tão rápida pelo mundo.

Profundas, mas sem cores

No futebol brasileiro grandes momentos foram registrados em muitos detalhes, mas sem cores. Uma das fotos mais clássicas do fotojornalismo esportivo é o momento em que Pelé sente uma fisgada na coxa e se despede da Copa no Chile, em 1962. A foto foi tirada por Alberto Ferreira.

Fotografar um momento como esse na década de 60 ganhou um peso ainda maior nos dias atuais, com destaque para a atenção e rapidez do fotógrafo na partida (Foto: Alberto Ferreira)

Outros momentos emblemáticos são os dribles de Mané Garrincha. A ginga do “Anjo das pernas tortas” deixando o marcador no chão na Copa de 58 é inesquecível. No Botafogo também não era diferente.

A sorte do futebol brasileiro de ter registros de um dos jogadores mais habilidosos da história (Foto: Agência O Globo)

Sem dúvida, são momentos épicos. Nesse sentido, a sensação de ver imagens como essas coloridas pode ser como se aproximar de uma realidade célebre. Como naturalizar um momento que parecia distante. Como rejuvenescer e recuperar.

Fotos históricas do Palmeiras revigoradas

Há muito tempo, a fotografia se tornou essencial no esporte. Os registros dos melhores momentos, das mais importantes conquistas já fazem parte do arquivo das maiores e pequenas instituições.

Alguns clubes como o Palmeiras possuem um acervo riquíssimo, fotos épicas de momentos com grandes jogadores que passaram pelo Verdão. De maneira despretensiosa, um torcedor do clube resolveu colorizar algumas fotos marcantes do passado do time do Parque Antártica.

Usando o pseudônimo de "o Boneco” nas redes sociais, ele ressalta que as fotos são colorizadas apenas para ilustrar postagens com conteúdo histórico a respeito do clube.

Embora seja uma atividade amadora, é impossível não contemplar algumas imagens. Questionado sobre a fidelidade das cores em relação à época, ele diz que conta com uma ajudinha especial. “Eu pego referência com os amigos historiadores e colecionadores”, explicou.

Confira algumas fotos

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José João Altafini, o Mazzola 
(primeira foto) - Com faro de gol aguçado, o atacante foi integrado nas categorias de base do Palmeiras aos 17 anos, mas logo subiu para o profissional.

Em 126 jogos, marcou 90 gols. A venda de seu passe para o Milan possibilitou ao clube a compra de nomes como Julinho Botelho.

Julinho Botelho - Considerado por muitos até hoje como o maior ponta- direita da história do Palmeiras

Valdir de Moraes - Não é apenas um dos maiores goleiros da história do Palmeiras, mas o responsável direto pelo surgimento da função de preparador de goleiros. A partír da função que ele mesmo ocupou, em 1972, ao lado do técnico Oswaldo Brandão, surgiu a famosa Academia de Goleiros do Palmeiras..

Ary Mantovani - O ponta-esquerda que ficou conhecido mundialmente por um feito raro no futebol: marcar dois gols olímpicos em um mesmo jogo. Mantovani foi parar no Guiness Book .

Parte do elenco da Segunda Academia do Palmeiras treinando junto na década de 70 - Nei, Fedato, Luis Pereira, Leivinha e Edson Cegonha.

Alguns vestidos com uniforme de jogo no treino, mostrando uma certa bagunça na rouparia do Alviverde na época. Cada jogador veste uma camisa de modelo diferente.

A cor verde da camisa do Palmeiras fabricada no século 20 salta aos olhos. Em um tom mais saturado ou mais “vivo” consegue deixar ainda mais forte a sensação de proximidade com um passado distante e saudoso.