O Palmeiras de Abel Ferreira protagonizou mais um momento histórico na Libertadores
O empate em 2 a 2 entre Atlético-MG e Palmeiras, pela ida das quartas de final da Libertadores 2022, nesta quarta-feira (3) foi uma aula.
Sem brilho no jogo, o Verdão perdia por 2 a 0 fora de casa até início do 2º tempo, frente a um adversário que fez grande atuação. No entanto, o que se viu no Mineirão, foi uma reação absurda do Palestra, que desenhou para todos o que significa ser copeiro.
Autor de um dos gols do Palmeiras, zagueiro Murilo se redimiu na partida (Foto: Divulgação/Cesar Greco/ Palmeiras) |
“Nós no segundo tempo jogamos da nossa maneira, e quando é da nossa maneira, esta equipe é capaz de tudo”, afirmou o técnico Abel Ferreira em coletiva, após empate heroico do Palmeiras, no Mineirão.
Abel Ferreira nunca perdeu fora de casa comandando o Palmeiras na Libertadores (Foto: Divulgação/Cesar Greco/Palmeiras) |
O gol do empate saiu aos 46 minutos da última etapa, Gustavo Scarpa com o pé mais afiado que nunca cobrou escanteio. Dudu apareceu em um voo de cabeça para deixar a bola no lugar certo e Danilo deixar tudo igual no Mineirão, 2 a 2. Placar que deixou o Palestra vivíssimo para a volta, no Allianz Parque.
“Estamos acostumados a decisões e jogos grandes”, disse Danilo no final da partida.
(Foto: Reprodução/Instagram/Danilo) |
Aos olhos de 57 mil pessoas no Mineirão, o Palmeiras mostrou o que é ser copeiro para quem nunca entendeu. Não é sobre jogar bem e ganhar, mas o contrário. É não fazer o seu melhor jogo, mas competir até o fim e ser agraciado por não desistir.
(Foto: Divulgação/Cesar Greco/Palmeiras) |
O Atlético-MG tinha o jogo na mão. O Palmeiras esteve muito longe de ser aquele time com marcação quase perfeita e com contra-ataques rápidos e perigosos.
Foi ofensivamente inferior no primeiro tempo, com seus principais jogadores apagados, a exceção do meia Gustavo Scarpa, que logo mais seria o responsável por desconstruir o pior dos enredos.
(Foto: Divulgação/Conmebol Libertadores) |
O Palmeiras até abriu o marcador no 1º tempo, mas o gol foi anulado pelo VAR. O Galo insistiu no campo de defesa alviverde, e teve um pênalti assinalado a seu favor. Hulk converteu e fez 1 a 0 na primeira etapa.
No 2º tempo, com um minuto de jogo, Keno foi à linha de fundo e cruzou, Murilo fez contra: 2 a 0 para o Atlético-MG.
Quando parecia que tudo poderia se definir ali mesmo - com a equipe da casa ensaiando o terceiro gol. Aos 13 minutos, apareceu uma chance de bola parada, recurso que tem sido decisivo para o Verdão.
(Foto: Divulgação/Cesar Greco/Palmeiras) |
Gustavo Scarpa cobrou a falta no travessão. Na sobra, Murilo marcou: 2 a 1. A tensão diminuiu para o lado alviverde. Perder por um gol de diferença no primeiro jogo sairia menos pior que sair com 2 ou 3 a 0 de desvantagem.
Diante da qualidade do elenco adversário, poderia ser o fim do sonho do tricampeonato. No entanto, o Palmeiras teve força de espírito, e claro, a cabeça fria o suficiente para crescer no jogo.
Dudu chegou a perder uma chance na cara do gol, o Mineirão estava incrédulo e começou a ficar em silêncio. Era recorde de público dos atleticanos no estádio na temporada.
(Foto: Reprodução/Gazeta Press) |
Quando Scarpa pega a bola para bater o escanteio nos minutos finais, por um alguns segundos a respiração atleticana falhou na arquibancada.
Por outro lado, os palmeirenses ficaram de olhos arregalados acompanhando o voo do baixinho Dudu, que na raça ajeitou de cabeça para Danilo marcar o gol de empate.
A resiliência de um time que está a 20 jogos sem derrota como visitante na Copa Libertadores, uma insanidade à portuguesa.