Escrito OPINIÃO em 6 |
Palmeiras recorreu a base no 2º tempo contra o Boca (Foto: Reprodução/Getty Images) |
O Palmeiras sofreu uma nova derrota dolorosa para o Boca Juniors. Nesta quinta-feira (5), na terceira semifinal disputada entre os times na Libertadores, novamente, o Verdão saiu com o gosto amargo da eliminação nos pênaltis. Em campo, não era o melhor dos “Bocas”, e muito menos o melhor do Palmeiras.
No entanto, o sabor mais difícil de engolir, é a constatação de um problema maior que a queda na competição, Leila Pereira, atual presidente do clube, não “sente” as derrotas como deveria sentir.
Um clube de futebol não se gere 100% de forma racional, o apelo, a sensibilidade é uma das coisas que faz com que esse esporte seja o mais popular do mundo.
Faz parte ter uma relação psicológica e emocional com o clube que torce, mesmo na posição de gestor. Sem isso, é difícil ter empatia com o torcida.
Foi uma noite de eliminação em casa e nos pênaltis, para um rival histórico, um cenário que fez o palmeirense reviver traumas. Leila Pereira não deu entrevista, não falou em nome do clube, não assumiu nenhum tipo de responsabilidade. Em suas redes sociais, a resposta para a desclassificação foi “vamos em frente”. Não era bem isso o que o torcedor precisava ouvir.
O Palmeiras esteve a um passo da sua 7ª final de Libertadores, mas sofreu a segunda eliminação seguida nas semifinais do torneio. O time perde a chance de disputar o troféu mais cobiçado do continente, vive má fase dentro de campo, desde que perdeu Dudu, que não deve voltar tão cedo ao time com lesão ligamentar. A equipe teve uma queda brutal no setor ofensivo, passou a ter dificuldade de atacar, o jogo ficou mais lento.
Não há opções imediatas para substituir Dudu à altura, e os jogadores contratados no início do ano, a maioria, apostas. Na janela do meio do ano, não chegou ninguém. A base virou motivo de pressão pela ausência de jogadores prontos e de qualidade no elenco.
O problema é que Leila Pereira demonstra não sentir o momento do time. O comportamento da mandatária alviverde descola da realidade e preocupa.
O Palmeiras não pode absorver eliminações sem sentir indignação, sem frustração, sem autocrítica. Sem reconhecer os problemas como melhorar? Dessa forma, a temporada 2024 do Verdão pode está em xeque.