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Foto: Reprodução: Zuma Press/Alamy |
Endrick caiu no choro quando entrou no Allianz Parque e viu um mosaico em sua homenagem. O atacante de 17 anos fez o seu Ășltimo jogo com a camisa do Palmeiras contra o San Lorenzo, nesta quinta-feira (30), pela Libertadores. A noite fria na capital paulista e os protocolos da Conmebol impediram uma festa maior de despedida, mas nĂŁo evitaram as lĂĄgrimas da Cria da Academia diante de 40 mil pessoas.
A noite nĂŁo teve gols, nem grande atuação do Palmeiras. Com a classificação garantida para o mata-mata, a equipe alviverde fez uma partida apagada contra o San Lorenzo no fechamento da primeira fase da Libertadores. Endrick tambĂ©m teve uma atuação discreta. Nos Ășltimos dias, o atacante experimentou um carrossel de emoçÔes.
Carinho nas arquibancadas
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Endrick não consegue segurar a emoção (Foto: Divulgação/Conmebol) |
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Torcida recebe Endrick com mosaico com frase "Até logo" (Foto: Divulgação/Cesar Greco/Palmeiras) |
“Fico feliz e triste ao mesmo tempo, porque tenho muita gratidĂŁo ao Palmeiras, por tudo que fez na minha vida. Agora Ă© difĂcil falar, mas estou muito feliz. JĂĄ chorei e vou tentar nĂŁo chorar de novo”, declarou Endrick no fim do jogo.
Leia+: As grandes marcas de Endrick pelo Palmeiras
Endrick faz base do Palmeiras triunfar
O criadouro de talentos alviverde vem se destacando pelo nĂvel de formação de jogadores nos Ășltimos anos. Em termos de popularidade, Endrick Ă© a maior revelação das categorias de base do Palmeiras.
Por mĂ©rito, despertou o interesse da Europa, a curiosidade da mĂdia e, mesmo atuando no Brasil, teve seu nome reconhecido em todo o mundo. Um prodĂgio nas categorias de base do VerdĂŁo, campeĂŁo de tudo. Jovem fenĂŽmeno no profissional, batendo marcas no futebol brasileiro aos 17 anos.
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Endrick atuando contra o San Lorenzo (Foto: Divulgação/Conmebol) |
AlĂ©m disso, fez parte de uma geração histĂłrica e vencedora do Palmeiras, batizada de “Terceira Academia” e comandada pelo tĂ©cnico Abel Ferreira. O treinador, com muitas atitudes imprevisĂveis, foi peça importante na formação de Endrick. Participou do processo de amadurecimento como atleta, acompanhou suas fases de ansiedade, frustração, ĂȘxito e atĂ© tentou contornar a pressĂŁo.
“Acho que as coisas aconteceram tĂŁo perfeitas [...]. Ele conseguiu fazer tudo, ser campeĂŁo em todas as categorias. Jogou no tempo de Deus, nos ajudou muito no ano passado, estĂĄ conosco hĂĄ um ano e sete meses, veio a tempo de ser campeĂŁo com a equipe principal. Houve um perĂodo de adaptação, começou muito bem, depois um perĂodo nĂŁo tĂŁo bom, foi capaz de suportar as crĂticas. Ronaldo, Neymar, Messi, Guardiola... Os melhores do mundo sĂŁo sempre sujeitos Ă s crĂticas e tens que fazer um acordo de paz para continuar a trabalhar e seguir em frente. Para um moleque de 16 ou 17 anos, nĂŁo Ă© fĂĄcil suportar essa pressĂŁo, mas ele foi capaz disso”, disse Abel Ferreira em coletiva.
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Na saĂda do campo, Abel Ferreira abraça Endrick (Foto: Reprodução/Instagram/Endrick) |
ApĂłs o apito final, Endrick deu a volta olĂmpica no Allianz Parque e saudou os torcedores no estĂĄdio, trazendo vĂĄrias semelhanças com a despedida de Gabriel Jesus, outra invenção do Palmeiras com bastante identificação com o clube.
“Passei ao redor do campo para dar tchau para os torcedores. SĂł peço que nunca me esqueçam, porque eu nunca vou esquecer eles. Espero que um dia possamos nos reencontrar de novo, fico muito feliz de estar aqui”, afirmou Endrick.